O que seu filho desperta em você e como lidar com isso
- Erika Farias
- 15 de ago.
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de ago.

Você já percebeu como, às vezes, uma atitude simples do seu filho desperta uma reação muito maior do que o momento em si justificaria? Uma birra no mercado que te deixa furiosa. Um silêncio que faz você se sentir rejeitada. Uma desobediência que parece pessoal.
Esses momentos nem sempre têm a ver apenas com a criança. Muitas vezes, eles tocam em algo muito mais profundo: os gatilhos emocionais.
O que seu filho desperta em você e como isso influencia suas reações
Gatilhos são reações automáticas despertadas por situações que nos lembram, consciente ou inconscientemente, de experiências passadas. Na parentalidade, eles costumam se acender quando a criança faz (ou deixa de fazer) algo que, sem perceber, conecta você a memórias, dores ou inseguranças de muito tempo atrás.
É como se, em segundos, o corpo e a mente voltassem a sentir o que você sentiu lá atrás — e, antes que perceba, você reage de forma intensa, às vezes até desproporcional.
O que seu corpo revela sobre suas emoções
Na análise corporal, entendemos que essas reações automáticas não surgem do nada: elas estão ligadas aos padrões emocionais que o seu corpo carrega desde a infância. Cada traço de caráter tem gatilhos mais frequentes:
Quem tem mais traço oral pode reagir muito ao afastamento ou silêncio.
Quem tem mais traço rígido pode se irritar rápido quando não é valorizado ou reconhecido.
Quem tem traço masoquista tende a sentir que está sobrecarregado e não recebe ajuda.
Quando você reconhece seus gatilhos, começa a perceber que não é só “o que seu filho fez” — é também “o que isso despertou em você”.
Como lidar com os gatilhos
Pause antes de reagir
Respire fundo. Alguns segundos já ajudam o cérebro a sair do modo automático.
Nomeie o que sente
Pergunte-se: “O que estou sentindo agora?” e “O que isso me lembra?”.
Separe passado de presente
Lembre-se: seu filho não é a pessoa que causou aquela dor no passado.
Cuide de você
Trabalhar esses gatilhos em terapia ou orientação parental ajuda a transformar reações impulsivas em respostas conscientes.
💛 Cuidar de quem cuida também é aprender a olhar para dentro antes de agir.
Quando você se conhece, educar deixa de ser apenas “controlar o comportamento do filho” e passa a ser também “cuidar do próprio mundo emocional” — e isso muda tudo na relação.



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